Salas Temáticas terão palestras focadas na ciência, pesquisa e inovação da fibra.
21 jun 2022, por [email protected]
O 13º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA) inclui 24 painéis que serão apresentados em salas temáticas nos dias 16 e 17 de agosto, no Centro de Convenções de Salvador. As palestras se realizarão sempre na parte da tarde, nos horários das 14h15 às 15h45 e 16h30 às 18h, dia 16, e 14h30 às 16h e 16h45 às 18h45, dia 17. Na programação, temas relevantes sobre os mais diversos aspectos do mercado de algodão, passando por sustentabilidade e meio ambiente, serviços, tecnologia e inovação. São mais de 100 palestrantes brasileiros e internacionais, com experiência e que acompanham as tendências e políticas para a cotonicultura. Pela manhã, nos mesmos dias, ocorrerão as Plenárias com foco no mercado brasileiro e mundial de algodão. Paralelamente às palestras, se realizará a Área de Exposição e, no último dia do evento, 18, diversos workshops. A programação completa está disponível no site do CBA: http://congressodoalgodao.com.br/. Não haverá transmissão em tempo real somente no modo presencial e por meio de inscrições antecipadas.
O CBA ocorre a cada dois anos e reúne especialistas, produtores, pesquisadores e empresas brasileiras e internacionais para discutir temas relacionados ao algodão. É organizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e tem o apoio de várias instituições e empresas que se preocupam com a expansão da produção da fibra com sustentabilidade. Nas salas temáticas do dia 16, o foco será em palestras que tratam do cultivo da fibra, avanços no manejo e perspectivas no controle biológico de pragas nas lavouras, entre outros temas.
Para abordar os “Avanços no manejo da ramulária e mancha-alvo”, estão confirmadas as presenças de Alderi Araújo, pesquisador da Embrapa, do agrônomo Guilherme Ohl e de Julio Bogiani, pesquisador da Embrapa Territorial. Eles farão a explanação do que é feito hoje e os avanços e desafios a serem superados no cultivo da fibra. A coordenação da sala Rafael Galbieri, do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt).
Também na terça-feira, na sala temática sobre “Ambiente de produção como estratégia para aumentar a eficiência produtiva”, Severo Amoreli Filho, da Fazenda São Francisco, Renato Roscoe, e o engenheiro agrônomo Leandro Zancanaro, formado pela Universidade Federal de Santa Maria, discorrerão sobre os aspectos do ambiente de produção, especialmente os solos e seus aspectos físicos e químicos, importantes para as lavouras e o desenvolvimento da agricultura. “Ao manejarmos adequadamente o solo é possível assegurar a produtividade em níveis quantitativos e que regule adequadamente os fatores de produção, de modo que a produtividade não sofra oscilações. Se temos solos equilibrados, a produtividade tende a ser maior, mais estável e os estresses são minimizados”, destaca o coordenador do painel e integrante da comissão científica, Fernando Lamas, ao falar sobre o foco da ST.
Como entender a fisiologia do algodoeiro para mitigar os efeitos dos estresses é a temática da palestra que reunirá os professores Raja Reddy e Juan Raphael, especialistas, que trarão suas experiências científicas sobre os efeitos de altas temperaturas, teor em CO2 do ar, escassez de água em diversos aspectos da fisiologia do algodoeiro. “O planejamento de trazermos especialistas internacionais tem o objetivo de discutir a influência do estresse sobre o algodoeiro”, destaca o coordenador da ST, Liv Severino.
Guilherme Rolim, do Instituto Mato-Grossense do Algodão, José Miranda, pesquisador da Embrapa Algodão, e os engenheiros agrônomos Rodrigo Oliveira, Grupo SLC Agrícola, e Cézar Busato, da Fazenda Busato, discorrerão em suas manifestações sobre “O que há de novo no manejo do bicudo-do-algodoeiro?”. Para o coordenador da ST, Paulo Degrande da UFGD, será uma oportunidade de apresentar e discutir os recentes avanços nos serviços, processos e produtos para o manejo do bicudo-do-algodoeiro.” Baseada em casos de sucessos regionalizados pelo País, a sala temática abordará estes assuntos em profundidade para disseminar informações e operações que continuem fortalecendo as boas práticas agrícolas no processo de produção do algodão”, ressalta. Durante o painel também será possível realizar um paralelo com modelos internacionais de redução de danos pela praga.
Na sala temática sobre “Como melhorar a qualidade HVI da fibra brasileira-enfoque na distribuição do comprimento”, João Paulo Saraiva Morais, pesquisador da Embrapa Algodão, discorrerá sobre como as fibras curtas são prejudiciais no processo de fiação, e quais são os melhores parâmetros analíticos para avaliar o conteúdo em fibras curtas. Com Jean Louis Belot, pesquisador do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt) e Márcio Silveira, do Grupo SLC – Agrícola as discussões abordarão o que precisaria ser feito no campo ou nas algodoeiras para poder reduzir esse parâmetro. A temática da sala visa entender melhor o que é o conteúdo em fibras curtas do algodão, sua origem e o que precisaria ser feito para reduzi-lo o mais que possível na produção brasileira.
“Ciência, pesquisa e inovação: incentivar hoje para assegurar o futuro” traz o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, Dr. Silvio Crestana, da Embrapa Instrumentação, Evaldo Vilela, presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), e Aurélio Pavinato, Presidente do grupo SLC, para abordar o futuro da cotonicultura e a importância da pesquisa e da inovação na consolidação da cadeia produtiva do algodão.
Para falar sobre sustentabilidade, Marcio Portocarrero, diretor Executivo da Abrapa, discorrerá sobre o tema “Brasil é realmente o grande player quando o tema é sustentabilidade?”.
“Os avanços e as perspectivas para o controle biológico de pragas no algodoeiro” será tema das palestras de Eduardo Barros, integrante da Comissão Científica, Lucia Vivan, da Fundação MT, Jorge Torres, UFRPE e Marcio Goussain, engenheiro agrônomo, Dr. em entomologia pela Universidade Federal de Lavras. Frequentemente o controle biológico é visto como a única opção viável, de modo a desenvolver métodos de controle de pragas que representem menor risco para os seres humanos e o meio ambiente. É com esse enfoque que as discussões transcorrerão nesta sala temática.
Marcio Souza, integrante da Comissão Científica, Valdinei Sofiatti, pesquisador na Embrapa Algodão, Edson Andrade Júnior, do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt), e Wanderley Oishi, Engenheiro Agrônomo formado pela ESALQUSP, discorrerão sobre o tema “Novidades em manejo da soqueira e da tiguera do algodoeiro”.
“Cultivo intensivo e indicadores de sustentabilidade” será tema da sala animada por Marquel Holzschuh, da SLC Agrícola, com palestras de Ciro Rosolem, da Faculdade de Ciências Agronômicas, Cássio Tormena, da Universidade Estadual de Maringá, e Ieda Mendes, pesquisadora da Embrapa Cerrados.
Para falar sobre a “Análise da viabilidade técnica e econômica das biotecnologias”, o CBA traz para a sala temática Rafael Pitta, integrante da Comissão Científica, Patrick Dourado, da Bayer e Jacob Crosariol Netto, do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt).
Nelson Dias Suassuna, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Jean Belot, coordenador da Comissão Científica, e Rafael Tassinari Resende, da Universidade Federal de Goiás, abordarão o tema “Uma análise sobre a genética e o posicionamento em campo das variedades de algodão”.
Os painéis se realizarão sempre na parte da tarde e com horários diferenciados.