Integração de sistemas agrícolas é o caminho para aumentar a produtividade nas lavouras
18 ago 2022, por [email protected]
Assunto foi tema de encontro agrícola nesta quarta-feira (18), em Salvador
O segundo maior produtor de algodão do País, a Bahia recebe até quinta-feira (18), o principal encontro nacional da cadeia produtiva da fibra, o 13º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), evento promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). A cada dois anos, reúne os principais entusiastas, produtores, marcas e entidades de pesquisa do setor algodoeiro. Em um dos painéis que aconteceram nesta quarta-feira (17), simultaneamente, o foco foi para a integração de sistemas como alternativa para as plantações de algodão. O evento ocorre no Centro de Convenções de Salvador.
A adoção de sistemas integrados de produção vem sendo defendida por pesquisadores como alternativa viável para recuperar a fertilidade do solo, trazendo como benefícios diretos o aumento da capacidade de suporte das pastagens e da produção de forragem e grãos.
De acordo com a análise do palestrante Julio Salton, pesquisador da Embrapa com mestrado e doutorado em Ciência do Solo, diversificar os sistemas possui motivações econômicas, operacionais, agronômicas e ambientais. Para ele, os sistemas de produção devem ser sustentáveis, diversificados e que exista uma sinergia entre as culturas.
O presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Luiz Carlos Bergamaschi trouxe sua experiência do oeste baiano, região que abriga o segundo maior PIB Agrícola do País para o 13º CBA. “Com o passar do tempo, nós entendemos que fatores químicos, físicos e biológicos determinam a garantia da produtividade e a integração de sistemas agrícolas otimiza recursos.
Bergamaschi ressalta que os sistemas produtivos devem harmonizar com a natureza. “Integrar sistemas agrícolas ajuda a aumentar a produtividade, preserva o solo, otimiza recursos. Devemos usar a natureza ao nosso favor. Menos máquina, menos defensivo e menos problema nas lavouras”.
A sala temática coordenada pelo engenheiro agrônomo e consultor Táimon Semler, contou ainda com a participação de Alexandre Cunha de Barcelos Ferreira, pesquisador da Embrapa com mestrado e doutorado em Fitotecnia.