Algodão aposta na ciência, na pesquisa e na inovação para assegurar o futuro.

17 ago 2022, por [email protected]

O futuro da cotonicultura e a importância da pesquisa e da inovação na consolidação da cadeia produtiva do algodão foi o que norteou o debate dos painelistas Júlio Cézar Busato, presidente da Abrapa, Evaldo Vilela, presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e Aurélio Pavinato, diretor-presidente do grupo SLC, na Sala Temática 6 “Ciência, pesquisa e inovação: incentivar hoje para assegurar o futuro”.

Busato, que também coordenou o painel, trouxe para as discussões o grande legado do setor que foi entender a necessidade de trabalho conjunto para o crescimento da cultura. “Precisávamos nos unir e fizemos isso, por meio da parceria com instituições e órgãos de pesquisa e, hoje, somos o segundo exportador de algodão do mundo e o quarto em produção. Então, a tecnologia aplicada foi fundamental para nosso crescimento”, afirmou o presidente da Abrapa. Para ele, o desafio será aliar ações e juntar esforços entre o poder público e a iniciativa privada para crescer mais e de maneira sustentável.

Para falar sobre as políticas públicas como instrumento de desenvolvimento do País, o CBA trouxe o presidente do CNPq, Evaldo Vilela. Ele abordou a importância do estímulo da ciência e da tecnologia no agro, em todas as áreas do conhecimento e de todas as culturas. O CNPq tem, segundo Vilela, uma ligação muito forte com a ciência brasileira, com os pensadores do Brasil e cada vez mais busca trabalhar a ciência em benefício da produção geral do País. Ele mostrou, por meio da sua explanação, que o Brasil evolui no desafio de produzir ciência em parceria com os produtores. “Nós fizemos uma ciência robusta no País, publicamos muito, mas ainda precisamos ir além disso, precisamos resolver problemas, trazer soluções a partir do conhecimento gerado pela ciência brasileira”, destacou. A cultura do algodão exige tecnologia e isso vem de fora do país. De acordo com ele, na medida em que se inova dentro do Brasil, será possível empregar talentos e impulsionar a tecnologia nacional. “Pagaremos em real e venderemos em dólar. O CNPq tem investido a cada ano no incentivo à pesquisa e à inovação, esse é o caminho”, disse.

O diretor-presidente da SLC Agrícola, Aurélio Pavinato, por sua vez, trouxe a experiência da SLC Agrícola para o congresso. Destacou o papel da pesquisa no desenvolvimento do setor e como ela ajuda na estratégia para mitigar riscos no agronegócio. Ele fez uma conexão entre a demanda que a sociedade gera por produtos agrícolas e os desafios do agro em atender essa necessidade no Brasil e internacionalmente. “Trouxe a experiência da empresa, como visualizamos essa evolução, as perspectivas e o que vem pela frente para os próximos anos. Eu vejo que o sucesso do futuro vem através da inovação para aumentar a produtividade, evoluir no sistema de manejo das culturas, aumentando a sustentabilidade do sistema produtivo”, ressaltou.